Saiba tudo sobre a obesidade infantil: vamos prevenir esse quadro? | Blog Sophie Deram. Tudo sobre obesidade infantil: o papel dos pais

Tudo sobre a obesidade infantil: o poder dos alimentos

O objetivo deste estudo populacional foi verificar as prevalências de sobrepeso e obesidade em escolas públicas e particulares da cidade de Santos, SP. Foram avaliadas crianças de 7 a 10 anos de idade, num total de crianças. Para a determinação de sobrepeso e obesidade foram utilizados, respectivamente, os percentis 85 e 95 do IMC por idade propostos pelos Centers for Disease Control and Prevention - CDC (2000). As prevalências totais de sobrepeso e obesidade foram de 15,7 (IC 95= 15,0 a 16,4) e 18,0 (17,3 a 18,7), respectivamente. A prevalência de sobrepeso foi de 13,7 (12,6 a 14,8) nos meninos e 14,8 (13,7 a 15,9) nas meninas das escolas públicas. Nas escolas particulares, foi de 17,7 (15,7 a 19,7) nos meninos e 22,2 (20,0 a 24,4) nas meninas. A obesidade foi prevalente em 16,9 (15,7 a 18,1) dos meninos e 14,3 (13,2 a 15,4) das meninas das escolas públicas. Nas escolas particulares, 29,8 (27,4 a 32,2) dos meninos e 20,3 (18,2 a 22,4) das meninas foram diagnosticados como obesos. Concluímos que a prevalência de obesidade é superior à de estudos nacionais e latino-americanos. Escolas privadas apresentaram prevalência de obesidade maior que escolas públicas (p= 0,001).

O aumento da ingestão energética pode ser consequência da elevação quantitativa do consumo de alimentos46-48 ou de mudanças qualitativas na dieta, no que concerne ao maior consumo de alimentos com elevada densidade energética46,48,49, associados ao hábito cada vez mais frequente de comer fora da casa5. O crescimento da densidade energética da dieta tem sido atribuído ao processo de industrialização dos alimentos, que tem sido verificado na maior parte do Ocidente5,50. Na literatura, existe um consenso de que a etiologia da obesidade é bastante complexa, apresentando um caráter multifatorial1,6-9. Envolve, portanto, uma gama de fatores, incluindo os históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais, biológicos e culturais8-10. Ainda assim, nota-se que, em geral, os fatores mais estudados da obesidade são os biológicos relacionados ao estilo de vida, especialmente no que diz respeito ao binômio dieta e atividade física.

Entretanto, a transição epidemiológica que vem ocorrendo nestes países demonstra que a prevalência de obesidade está crescendo em todos os extratos sócio-econômicos. No Brasil, é observado um aumento proporcionalmente mais elevado da prevalência de obesidade nos indivíduos adultos das famílias de menor poder aquisitivo, o que revela uma proporção mais alta de obesos na classe média do que nas classes de maior poder aquisitivo, na atualidade (35). A exemplo do que foi encontrado em Santos, dois estudos publicados recentemente, realizados em Salvador (14) e em Feira de Santana (16), encontraram maior prevalência em escolas privadas do que em escolas públicas. Em Salvador, avaliando 387 crianças, a prevalência total de obesidade foi de 15,8, sendo 8,2 nas escolas públicas e 30,0 nas particulares, resultado muito próximo do observado nas escolas particulares de Santos.


Antigamente, as pessoas cozinhavam mais em casa, muitas vezes usando alimentos colhidos no próprio quintal.
Com o crescimento das grandes cidades, tivemos que mudar os nossos hábitos alimentares, e passamos a depender mais da indústria alimentícia, que nos providencia uma oferta prática e higienizada. E hoje temos uma infinidade de opções com vários graus de processamento do minimamente processado aos ultraprocessados. Também houve uma mudança no nosso estilo de vida e no comportamento diante da comida.
E não é só por aqui: em vários países, especialistas discutem exaustivamente tudo sobre a obesidade infantil e formas de combater esse quadro. Os números são de fato preocupantes. Outros fatores envolvidos na gênese da obesidade são a colecistocinina (CCK), a ghrelina, o neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo YY, que são sustâncias envolvidas no controle da ingestão alimentar24,26. A CCK e o peptídeo YY são liberados pelo trato gastrointestinal e ao nível cerebral inibem a ingestão alimentar, promovendo a saciedade após uma refeição. O NPY é sintetizado no SNC e estimula a ingestão. A redução nos níveis de insulina e leptina ativa os neurônios produtores de NPY no hipotálamo, e a leptina inibe sua síntese.

Tudo sobre a obesidade infantil: o poder dos alimentos

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Além disso, uma criança com obesidade infantil está mais sujeita a sofrer de depressão e outras doenças do foro psicológico na idade adulta, caso não tenha o acompanhamento adequado durante a infância. Muito provavelmente, uma criança obesa será um adolescente e adulto propenso a desenvolver problemas de saúde graves, como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, asma, apneia do sono, doenças hepáticas e diferentes tipos de cancro. Outra coisa importante para criar seu filho tendo uma boa relação com a comida é tirar um pouco do peso das costas dele.
Muitas crianças que estão na obesidade ou com sobrepeso vêm de um ambiente familiar que já tem uma relação conturbada com os alimentos e com o próprio corpo, muitas vezes, com histórico de dietas fracassadas.
Está nas mãos dos adultos responsáveis (pais, mães, tios, avós, professores, etc. ) rever o estilo de vida e tentar mudar alguns hábitos para o bem da saúde de todos.
Algumas dicas que fazem toda a diferença e podem trazer resultados excelentes em poucas semanas: Em estudos realizados na América Latina verificam-se desde prevalências bastante baixas de obesidade infantil, como 5,0 em Quito, Equador (26), até prevalências muito elevadas, como 26,2 em San José, Costa Rica (30).

De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40 na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. Conforme Kaufman (12) há no Brasil cerca de três milhões de crianças com menos de 10 anos de idade que sofrem de obesidade. A principal preocupação. Frente ao exposto, acreditamos ser necessário criar novas agendas de investigação em saúde e nutrição que valorizem abordagens metodológicas que partam da perspectiva da obesidade enquanto uma enfermidade multifatorial, não-fragmentada, como normalmente se apresenta a literatura sobre o tema. Neste sentido, alguns autores já têm realizado, ainda que timidamente, estudos com esta abordagem mais abrangente e plural.

Saiba tudo sobre a obesidade infantil: vamos prevenir esse quadro?

O último estudo europeu Childhood Obesity Surveillance Initiative, divulgado em 2015, revelou que em 2013, 31,6 das crianças portuguesas tinham excesso de peso e 13,9 apresentavam já critérios de obesidade. 40. Matos MIR, Zanella MT. Alterações do comportamento alimentar, ansiedade, depressão e imagem corporal em pacientes com obesidade grau III. ABESO - Órgão Informativo da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade [periódico na Internet] [acessado 2006 ago 3]. Disponível em: A apresentação dos resultados do presente estudo, identificando as elevadas prevalências de sobrepeso e obesidade em escolares de Santos, poderá servir de incentivo à implementação de políticas públicas e ações da iniciativa privada com o intuito de modificar o quadro atual, pois reduzir a prevalência de obesidade significa reduzir todos os riscos à saúde a ela associados. Além disso, estes dados poderão servir como linha de base para a verificação da tendência destas prevalências e da efetividade de ações de intervenção.

Nesse sentido, a escola deve ocupar papel de destaque tanto em relação à orientação de hábitos alimentares quanto à prática de exercícios físicos. Segundo Batista Filho e Rissin13, as diferenças geográficas no país expressam diferenciações sociais na distribuição da obesidade. Inicialmente, verificou-se maior prevalência de excesso de peso nas regiões mais desenvolvidas (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) do país e nos estratos de renda mais elevados, mas já observa-se tendência de aumento da obesidade nas regiões Norte e Nordeste e nos estratos de renda mais baixos. Assim, a comparação dos resultados dos estudos referidos acima nas regiões Norte e Nordeste com os das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste permitiu assinalar a maior prevalência da obesidade nas últimas regiões citadas. Além disso, os estudos indicaram que a ocorrência desse agravo praticamente triplicou entre homens e mulheres maiores de vinte anos na região Nordeste e somente entre os homens do Sudeste13. De acordo com as últimas análises internacionais, a Grécia que tem poucas medidas instituídas registava os maiores índices de obesidade infantil. Portugal surge também entre os países com piores indicadores.

A famosa crença de que criança robusta é criança saudável ainda é uma realidade para muitos pais e mesmo profissionais de saúde. A criança com excesso de peso tem grandes chances de ser um adolescente e um adulto obeso. Nas escolas particulares, foi encontrada diferença estatisticamente significante no sexo masculino somente quanto à prevalência de sobrepeso entre os 7 e os 10 anos de idade, apresentando esta última idade uma prevalência maior do que a primeira (p= 0,010). No sexo feminino, o sobrepeso foi significantemente mais prevalente nas idades maiores, entre os 7 e os 9 anos de idade (p= 0,007), e entre os 8 e os 9 anos de idade (p= 0,037); entretanto, aos 10 anos a prevalência de sobrepeso foi significantemente menor do que aos 9 anos de idade (p= 0,009). Quanto à prevalência de obesidade, apenas entre os 7 e os 10 anos de idade foi encontrada diferença estatisticamente significante, com a última faixa etária apresentando menor prevalência do que a primeira (0,033). FÍSICA NO CONTROLE DA OBESIDADE INFANTIL. Priscylla Franco de Castro 1. INTRODUÇÃO É com anuência que a obesidade infantil vem aumentando de forma expressiva.

A nosso ver, é a partir da construção de estudos dessa natureza que será possível promover uma instrumentalização mais eficiente dos profissionais de saúde para o tratamento da obesidade no nível individual e familiar, no qual as abordagens multidisciplinares e intersetoriais assumiriam destaque. Se você cria em casa um ambiente de paz com a comida, com rotinas e qualidade alimentar, você vai acostumar o paladar do seu filho desde cedo a gostar dos alimentos em sua forma mais natural. Comece agora! Assim, você dará para seus filhos maiores chances de um crescimento saudável, sem sofrer com sobrepeso, culpa, transtornos alimentares, bullying e diversos outras questões ligadas à obesidade.
Ou seja: um cuidado a mais que você tem agora, que ele levará para toda a vida!
Bon appétit!
Agora que você já sabe tudo sobre a obesidade infantil e como agir nessa situação, veja também esses outros artigos que separei para você: Mas a obesidade não é uma doença que começa no adulto. Ela se inicia na infância, e temos diferentes caminhos para o excesso de peso. Há muitos anos, sabíamos que a obesidade infantil usualmente caminhava para um quadro de normalização com o crescimento da puberdade.

INTRODUÇÃO A obesidade infantil é considerada como uma doença do século XXI, por ter tido um crescimento muito grande durante as duas últimas décadas (CRESPO; CURELL; CURELL, 2006). Nos últimos vinte anos, a incidência de obesidade infanto-juvenil no Brasil cresceu 240, de acordo com os dados que constam no Projeto Escola Saudável, documento que a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e outras instituições encaminharam aos ministérios da Saúde e da Educação. À alteração dos hábitos alimentares juntou-se a mudança de estilo de vida. Grande parte da população abandonou o centro das cidades, o que implica mais tempo perdido em viagens entre casa e o trabalho, menos horas de sono e um descurar da atividade física. De referir que o sono é igualmente essencial para a manutenção de um peso saudável. Na verdade, mesmo que os outros fatores de risco sejam controlados, crianças e adultos com horários de sono irregulares e relógios biológicos indefinidos têm mais tendência para ganhar peso. Quando se observou a proporção de crianças abaixo do percentil 5, que é utilizado para indicar baixo peso, verificou-se que 4,2 dos meninos e 3,3 das meninas encontravam-se nesta condição, o que está abaixo dos 5,0 esperados para a população de referência.

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Portugal é dos países que tem menos medidas instituídas para o combate da obesidade infantil na oferta alimentar das escolas. Um relatório divulgado hoje pela Comissão Europeia faz um mapeamento das diferentes políticas escolares instituídas nesta área pelos 28 Estados Membros, Noruega e Suíça. Nas tabelas apresentadas, Portugal está entre os países que tem menos aspetos regulamentados. Eu sei que os números não são animadores. Mas estou aqui justamente para apoiar os pais que estão interessados em compreender tudo sobre a obesidade infantil, e para mostrar que é possível mudar essa realidade.
Então vamos começar pelo princípio básico: criança e adolescente não tem que fazer dieta restritiva.
Muitos pensam que o segredo para emagrecer é fechar a boca e malhar, mas isso é totalmente equivocado. Especialmente nessa fase da vida em que o corpo depende de uma boa alimentação para se desenvolver!
Se você está preocupado e querendo saber tudo sobre a obesidade infantil, saiba que não fazer dieta restritiva é uma recomendação que serve tanto para prevenir quanto para combater o excesso de peso!
Passar fome e comer menos do que o organismo está pedindo é ruim tanto no aspecto físico quanto psicológico.

No Brasil, a análise de quatro estudos de base populacional realizados no país - Estudo Nacional sobre Despesas Familiares (ENDEF), realizado entre 1974-1975; a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN), de 1989; a Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV), desenvolvida em 1996-19974; e a Pesquisa de Orçamentos Familiares12 (POF), de 2002-2003 - permitiu avaliar a magnitude dos agravos nutricionais mais relevantes, incluindo a emergência da obesidade e verificar seus principais determinantes, assim como traçar a tendência do comportamento desses agravos no país. De acordo com esses estudos, a prevalência da desnutrição em crianças e adultos teve um declínio acelerado nas últimas décadas, enquanto o sobrepeso e a obesidade aumentaram na população brasileira, principalmente entre os adultos. Francischi et al. 21 destacam em sua revisão que há forte influência genética no desenvolvimento da obesidade, mas seus mecanismos ainda não estão totalmente esclarecidos.

Nos Estados Unidos, dados de 1999-2000 mostraram prevalência de obesidade de 15,3 para crianças de 6 a 11 anos de idade (31). A maioria dos especialistas tende a evitar a aplicação de dietas restritivas no tratamento da obesidade infantil. Em vez disso, nestes casos o tratamento consiste na adoção de uma alimentação mais saudável e no aumento da prática de uma atividade física regular. Um ponto relevante quanto à verificação da prevalência da gordura corporal excessiva na infância refere-se à precocidade com que podem surgir os efeitos danosos à saúde, sabidamente associados à obesidade, além das relações existentes entre obesidade infantil e seu prolongamento até a vida adulta (5-9). Considerando a associação existente entre o excesso de gordura corporal e efeitos danosos à saúde, bem como com o aumento das causas de morbimortalidade (9), além do fato de a obesidade surgida na infância normalmente acompanhar os indivíduos até a vida adulta (33,34), torna-se evidente a necessidade de ações preventivas desde as idades mais precoces.


Está comprovado cientificamente: fazer dieta aumenta a fome, diminui o metabolismo e faz com que a criança fique cada vez mais obcecada por alimentos.
Ela também pode acabar perdendo a noção de fome e saciedade, já que é privada de comer quando tem vontade. Dessa forma, também pode vir a desenvolver um comer emocional.
Além disso, é bom saber que o comportamento é tão importante quanto o nutriente!
Comer em paz e respeitando a fome é tão importante quanto comer legumes e frutas. Se o seu filho leva uma bronca toda vez que quer repetir o prato, acaba associando a fome e a comida a sentimentos negativos, como culpa e ansiedade.
Isso eleva o risco de ele passar a comer escondido, tentar fazer dieta por conta própria, se privar de comer e até desenvolver um transtorno alimentar.

Tais investigações se concentram nas questões relacionadas ao maior aporte energético da dieta4,5,9,11 e na redução da prática da atividade física com a incorporação do sedentarismo, configurando o denominado estilo de vida ocidental contemporâneo4,9,11. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo abordar o caráter multifatorial da obesidade envolvendo a ampla variedade de fatores ambientais e genéticos implicados na sua etiologia a partir de estudos secundários provenientes do trabalho de revisão da literatura nas principais bases de dados e bibliotecas especializadas. Frente à amplitude do tema, nosso intuito é apontar de forma atualizada os principais fatores envolvidos na etiologia da obesidade por reconhecer a importância do estudo acerca da enfermidade dentro de uma perspectiva plural. A nosso ver, reduzir as investigações somente ao aspecto biológico ou social da doença limita o entendimento e o alcance explicativo dessa problemática.

Pereira e cols. (24) avaliaram 491 crianças de 6 a 11 anos de idade, em visitas domiciliares, no município do Rio de Janeiro, encontrando 26,4 de obesidade no sexo masculino e 30,3 no feminino. Estes resultados diferem dos de Santos por apresentarem maior prevalência em ambos os sexos, além de mostrarem as meninas com prevalência superior à dos meninos. Por outro lado, Anjos e cols. (15), em estudo realizado em amostra probabilística em escolares de até 10 anos de idade da rede pública do Rio de Janeiro, em 1999, verificaram prevalência de sobrepeso de 16,8 para as meninas e 16,9 para os meninos. Para a obesidade, as prevalências encontradas foram de 5,7 e 5,1, para meninas e meninos, respectivamente. Neste estudo, os autores utilizaram o cálculo do valor z dos índices de massa corporal para estatura e estatura para a idade, em relação às curvas de crescimento de crianças americanas do NCHS (National Center for Health Statistics). Daí a necessidade de uma campanha maciça para conscientizar inicialmente os pediatras brasileiros, e a partir daí a expansão para as famílias sobre o problema da obesidade infantil.

A ghrelina é um hormônio gastrointestinal estimulador do apetite e faz parte dos sistemas de regulação do peso corporal. A produção excessiva de ghrelina pode levar à obesidade. Alterações no controle da liberação dessas e de outra sustâncias envolvidas na regulação do balanço energético, assim provocando disfunções nos sistemas de regulação do peso corporal por retroalimentação, podem ocasionar a obesidade24. Milhões de dólares têm sido gastos em todo o mundo para pesquisas sobre a origem genética, programação metabólica (ou por que somos programados para ter doenças crônicas desde a infância ou do período perinatal), fatores de risco para o ganho de peso, e também para avaliar medicamentos, programas de mudanças de estilo de vida, com escolhas mais saudáveis, alimentares, físicas e emocionais. E as respostas são escassas. Mas todas levam a uma clara decisão: se não prevenirmos, não temos como combater As prevalências totais de sobrepeso e obesidade, incluindo escolas públicas e particulares, foram 15,7 (IC 95= 15,0 a 16,4) e 18,0 (IC 95= 17,3 a 18,7), respectivamente.

Os que apresentavam excesso de peso, com o aumento do tamanho, com as mudanças da puberdade, perdiam o excesso de massa gordurosa, cresciam e ficavam mais proporcionados. Características da obesidade infantil, tendo como objetivo específico apontar os possíveis fatores externos que podem influenciar de maneira preponderante a origem dessa obesidade na infância. A metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica. O rápido desenvolvimento da obesidade nos dias atuais preocupa o MUNDO, pois se vê hoje; não somente em países industrializados; que os gastos relacionados direta ou indiretamente a epidemia da mesma, são crescentes e relevantes. A obesidade influencia. Até 30 ou 40 anos atrás, o problema das crianças brasileiras era a desnutrição. Mas hoje o sobrepeso infelizmente é uma realidade, fazendo com que cada vez mais nossas crianças tenham que enfrentar problemas de adulto como risco de diabetes, colesterol alto, falta de disposição, problemas respiratórios e outros.
Esse cenário é resultado de muitos fatores e não tem uma causa só. Vemos que, com certeza, a urbanização acelerada que o Brasil enfrentou nas últimas décadas não ajudou.

Mas já se reconhece que o apetite e o comportamento alimentar sofrem influência genética e há indícios de que o componente genético atue sobre o gasto energético, notadamente sobre a taxa metabólica basal (TMB)8,21,23. Desordens endócrinas como o hipotireoidismo e problemas no hipotálamo, alterações no metabolismo de corticosteróides, hipogonadismo em homens e ovariectomia em mulheres, síndrome de Cushing e síndrome dos ovários policísticos podem ainda conduzir à obesidade21,24-26. Algo que chama atenção nos resultados aqui apresentados é que a prevalência de obesidade, incluindo escolas públicas e particulares (18,0), supera a prevalência descrita por Ogden e cols. (31) para crianças de 6 a 11 anos dos Estados Unidos, com base nos dados de 1999-2000, do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), que foi de 15,3. A maior prevalência de obesidade encontrada nas escolas particulares pode ser explicada pela associação entre excesso de gordura corporal e níveis sócio-econômicos mais elevados, o que ainda é esperado em países em desenvolvimento (10).


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Os conteúdos da Semana da Obesidade discutirão ainda o incentivo à atividade física para combater o sobrepeso e a atenção com a obesidade infantil, além de divulgar artigos científicos e promover conteúdos para tirar dúvidas da população sobre alimentação e nutrição. Comparando-se escolas públicas e particulares, em relação a sexo e idade, verificou-se que apenas nos grupos de meninos de 7 e 8 anos e de meninas de 10 anos não houve diferença significante na prevalência de sobrepeso, sendo que para todos os outros grupos o sobrepeso foi significantemente mais prevalente nas escolas particulares (meninos: 9 anos p= 0,022, 10 anos p= 0,004; meninas: 7 anos p= 0,007, 8 anos p= 0,004, 9 anos p= 0,000) do que nas públicas (tabela 2). Em relação à obesidade, excetuando-se o grupo feminino de 10 anos de idade, no qual não houve diferença estatisticamente significante entre escolas públicas e particulares, a prevalência foi significantemente maior nas escolas particulares do que nas públicas (meninos: p= 0,000 em todas as idades; meninas: 7 anos p= 0,005, 8 anos p= 0,001, 9 anos p= 0,008), para todas as idades de ambos os sexos (tabela 3).

No sexo masculino, os valores encontrados foram 14,8 (IC 95= 13,8 a 15,8) para o sobrepeso, e 20,3 (IC 95= 19,2 a 21,4) para a obesidade. Já no feminino, 16,6 (IC 95= 15,6 a 17,6) e 15,8 (IC 95= 14,8 a 16,8) foram, respectivamente, as prevalências de sobrepeso e obesidade. Na comparação entre o sexo masculino e o feminino, o sobrepeso foi significantemente mais prevalente nas meninas do que nos meninos (p= 0,008); já para a obesidade, a prevalência foi significantemente maior nos meninos do que nas meninas (p= 0,000). Neste texto abordaremos a obesidade infantil, destacando suas causas e consequências e apresentando alguns dados relevantes sobre o problema. Uma criança obesa é facilmente vítima de bullying e de outras formas de discriminação, com consequências ao nível da autoestima e do rendimento escolar.

Comparando-se as prevalências de baixo peso entre escolas públicas e particulares, verificou-se que a diferença entre os resultados encontrados para os meninos das escolas públicas (4,5) e das escolas particulares (3,2) foi estatisticamente significante (p= 0,030). A diferença de prevalência de baixo peso em meninas de escolas públicas (4,2) também foi significantemente maior (p= 0,004) que a encontrada nas escolas particulares (2,7). A definição de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes ainda não apresenta consenso na literatura, sendo que a variedade de métodos aplicados e os diferentes valores de corte empregados dificultam a comparação dos resultados obtidos por diferentes estudos. Assim, a presente discussão está baseada principalmente no levantamento de estudos que utilizaram o IMC por idade com os percentis 85 e 95 como valores de corte para sobrepeso e obesidade, respectivamente.

29. Brown PJ, Konner M. An anthropological perspective on obesity. In: Goodman AH, Dufour DL, Pelto GH, editors. Nutritional Anthropology Biocultural Perspectives on Food and Nutrition. California: Mayfield Publishing Company Mountain View; 1999.

Source: https://sol.sapo.pt

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